A agricultura e outras actividades Serranas

A Oliveira



    A oliveira é uma das árvores mais antigas da humanidade. É uma árvore que chega a atingir os 20 metros de altura (consoante a variedade) e pode viver muitas centenas de anos.
   A oliveira tem uma forma silvestre. Possui uma folha pequena e ramos espinhosos. A folha da oliveira é perene semidecídua, o que significa que nunca perde totalmente a folha.





Começa a dar flor (que pode ser branca ou amarela) no final do mês de Abril mais ou

 menos até Junho, consoante a zona onde se encontra.


                                                 Flor da Oliveira 
                                                                                                                                                         
                                                 
                                                                                                                                                      Da flor nasce um fruto um que muito conhecido: a azeitona. A azeitona é um fruto com caroço revestido de uma polpa mole. Ao princípio as azeitonas são verdes, mas quando amadurecem variam entre o violáceo e o preto.
Cuidados a ter com a oliveira:
Ø  Curar a oliveira para:
- Proteger de diversas doenças;
- O fruto crescer sem se estragar.

Ø  Podar a oliveira para:
- Rebentar mais rapidamente:
- Dar frutos.
A oliveira tem algumas finalidades, nomeadamente:
Ø  Pode – se aproveitar a sua lenha para o aquecimento das casas;
Ø  O seu fruto, a azeitona que serve para comer e para produzir o azeite.
Curiosidade:

Apesar de existirem olivais por todo o país é na região de Traz os Montes que Alto Douro que se verifica maior produção de azeite. Este é um dos produtos que traz maior riqueza para os agricultores desta região, uma vez que o azeite começa a ser exportado para os países nórdicos, bem como para os Estados Unidos, Canadá e Japão.



A apanha da azeitona, como já referi anteriormente realiza – se entre os meses de Novembro, Dezembro e Janeiro que é quando a azeitona já se encontra madura.
Com o cesto do almoço na mão lá se dirigem os agricultores de manhã, bem cedinho para o olival a fim de realizarem a tarefa anual da apanha da azeitona. Começam por estender os panos na terra para que a azeitona quando for varejada fique concentrada nos panos e assim se possa apanhar mais facilmente. Normalmente são as pessoas mais jovens que sobem para a oliveira e varejam a azeitona para os panos. O varejo consiste em abanar a oliveira e os ramos para que a azeitona caia sob os panos.


   De seguida coloca – se a azeitona nos cestos e leva – se para casa para se proceder á limpeza. A limpeza consiste em retirar as folhas e os ramos da azeitona e escolher alguma azeitona que possa estar estragada. Para finalizar o processo leva – se a azeitona já limpa e escolhida para o lagar para assim ser finalmente transformada em azeite


Autor 

Isabel  Alves


Lagar de azeite

-A azeitona em armazém.

    trinta e cinco anos, no lugar de Ataíja de Cima, em redor da Lagoa Ruiva, existiam quatro lagares de azeite. Desses quatro só um se mantém a funcionar, os restantes foram deixados ao abandono. O que anteriormente era um símbolo da terra, deu lugar a um monte de ruínas, só ficando alguns vestígios…
  Com o aparecimento de maior procura de mão de obra para a industria, uma parte da agricultura, como foi o caso dos olivais, foi abandonada. 
A apanha da azeitona, que era uma das actividades que acompanhavam grande parte do Outono, ficou quase reduzida aos fins-de- semana.
    Para os lagares isto foi a sentença de morte, só conseguindo vingar as unidades que se modernizaram.
   O lagar que se encontra actualmente a trabalhar, é exemplo desta modernidade. Sendo que, os métodos de produção do azeite continuam a assentar em processos milenares, que passa por:



a azeitona a ser moída.

   A azeitona passa por uma lavagem, de seguida é colocada numa tela até ao processo de moagem. Durante a moagem a azeitona forma-se numa pasta. Essa pasta moída é colocada em “ ceiras,” que é uma (espécie de capacho). Após estarem cheias vão para a prensa, para serem espremidas, a pressão da prensa, faz libertar o azeite. Esse azeite passa por um processo de escalamento, feito com água a ferver, vinda de uma caldeira aquecida a lenha. No passado a água era retirada da Lagoa Ruiva.
                                                          As azeitonas a serem prensadas 


  De seguida o azeite passa por uma conduta, para ser depositado em tanques, chama-se a esses recipientes “tarefas”. Aí, o azeite fica em repouso.
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 Após o repouso, o azeite vai para a centrifugadora, onde é feita a separação entre água e o azeite, este processo é considerado o processo final.

-E assim está pronto a ser consumido.



A Lagoa Ruiva de Ataíja de Cima

A Lagoa Ruiva da Ataíja de Cima era uma das lagoas mais importantes da nossa região, porque armazenava a água da chuva sem chegar a secar. Essa lagoa tinha mesmo muita importância porque na época não havia cisternas, nem furos de agua, nem outra forma de abastecimento de água. Assim sendo, este era o único meio que a população da terra e aldeias vizinhas tinham para ter agua para o seu consumo próprio e para os animais. Na altura da safra do azeite, os Lagares eram alimentados pela agua da lagoa. 

     
   Todos os anos no dia 2 de Fevereiro havia um tradição religiosa, que é a festa de Nossa Senhora das Candeias, também chamada Nossa Senhora da Graça. Nesta festa por tradição, enfeitavam-se os andores dos santos e dos bolos com arranjos florais que eram oferecidos à padroeira. Esses andores eram depois, levados em procissão até à serra onde se encontra uma cruz em pedra chamado “ cruzeiro”. Chegados ao “cruzeiro”, benzem-se os campos e a lagoa.

 

Hoje em dia, a lagoa desapareceu, dando lugar ao campo de futebol da “” e ao parque de merendas do cabouqueiro.                    


Autor
São,João,Horácio




O TRABALHO DA PEDREIRA E DO CABOUQUEIRO





  Há  mais ou menos 30 anos atrás, o trabalho na pedreira era uma actividade bastante cansativa. A esta profissão desenvolvida na pedreira, chama-se cabouqueiro. Nesta actividade, os homens tinham levar poceiros costas.

 Esses poceiros eram de verga, e enchiam-se terra. Para extracção dos blocos de pedra,  faziam buracos na mesma com pinchotes, essa actividade consistia em um ou dois homens a bater com uma marreta, no pinchote, de forma alternada, ate conseguirem cortar a pedra. Para essa actividade era  preciso muito esforço físico. Depois da pedra cortada, era levantada com os macacos manuais, e puxada com um cárpom, ate ao cais de carga.
  
  Nos dias de hoje, o trabalho na pedreira é muito menos cansativo, e emprega-se menor esforço físico, porque há máquinas de várias formas e feitios para cortar a pedra, também há máquinas giratórias e pás carregadoras, . Assim, torna mais fácil e rápido a extracção dos blocos de pedra de calcário. 




Autor
Rogério